Nesta quarta-feira, 17, o SEET - Sindicato dos Profissionais da Enfermagem no Estado do Tocantins redigiu documento que solicita ao COREN - Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins, ao Ministério Público Estadual e à Defensoria Pública Estadual, fiscalização do dimensionamento dos profissionais no HGPP - Hospital Geral Público de Palmas e no HIPP - Hospital Infantil Público de Palmas, que estão sofrendo sobrecarga de trabalho.
Atualmente, os profissionais atendem até 25 pacientes, ultrapassando o limite diário de atendimento. A técnica de enfermagem Assilândia Costa Sousa, que trabalha no HIPP, destaca que tem buscado melhorias no ambiente de trabalho. “Eu não posso aceitar condições ruins de trabalho sem questionar, pois quero buscar sempre o melhor para mim e os pacientes”, conta.
Segundo João Batista, diretor jurídico do SEET, as atuais condições de trabalho dos profissionais nestes dois hospitais públicos é preocupante, onde são submetidos à sobrecarga de trabalho, e consequente prejuízo na qualidade do atendimento. “Não há condições de um único profissional atender mais de 20 pacientes de um leito sozinho, o paciente fica com o atendimento prejudicado, quando na verdade a saúde deve ser prioridade,” ressalta.
Alan Pereira, técnico de enfermagem que atua no HGPP, acredita que a solução para o impasse do dimensionamento no hospital é a criação de escalas com profissionais suficientes para que possam suprir as demandas, pois “o que nós queremos é que sejam atendidos os direitos da categoria”.
O advogado e assessor jurídico do SEET, Dr. Flávio Alves destaca a importância dos profissionais conhecerem seus direitos, tendo como principal instrumento o Código de Ética da Enfermagem que rege sobre todos os direitos e deveres da categoria, como no caso do “direito de não assumir um leito para o qual não tem conhecimento e habilidades suficientes, na falta de profissional habilitado”, exemplifica.
Segundo o presidente do SEET, Claudean Pereira Lima o sindicato é um importante instrumento para representar os profissionais na busca dos seus direitos. “O SEET sempre intermediou e cobrou dos órgãos competentes a devida fiscalização das unidades de saúde afim de garantir a qualidade de vida dos profissionais, seja ela por meio jurídico ou dentro da especialidade demandada”, finaliza.