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Carga horária pode influenciar na qualidade de vida de profissionais da enfermagem

10/04/2018 10/04/2018 14:33 4208 visualizações

Por: Luzêni Neres 10/04/2018

 

Enquanto há uma queda de braço entre os profissionais da enfermagem e os patrões da rede privada de saúde em Palmas para chegar a um acordo quanto a quantidade de plantões mensais a ser cumprido (profissionais tentam manter 13 atuais, definido na CCT, e o patronato quer chegar a 15), as negociações para a definição da convenção coletiva de trabalho que venceu em setembro de 2017 não chega a uma conclusão.

Diante dessa situação, atualmente o Sindicato dos Profissionais da Enfermagem no Estado do Tocantins (SEET) que representa a categoria dos trabalhadores da enfermagem e o Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Tocantins (SINDESSTO) que é o sindicato patronal ainda não chegaram a um acordo nas negociações para definir a convenção coletiva de trabalho que, segundo João Batista da Neves, diretor jurídico do SEET, “é um importante instrumento que rege as condições de trabalho para a categoria da enfermagem com qualidade de vida aos profissionais e garantia de atendimento digno ao paciente”.

A proposta que trata do aumento no número de plantões traz inúmeras consequências negativas aos profissionais da enfermagem, principalmente sobrecarga de trabalho, seguida de prejuízos financeiros e impactos na saúde com uma rotina de trabalho extenuante. Para Érica Silva Soares, técnica de enfermagem que, atua na iniciativa privada de saúde em Palmas, “aumentar para 15 plantões sem reajuste de salário é prejuízo financeiro, sem contar que, inviabiliza de atuar em mais de um emprego, já que com 13 plantões ainda é possível, apesar de já nos causar prejuízos quanto a nossa vida social e ao convívio com a família e, claro, vamos falar da nossa saúde também, há altos índices de depressão, infartos e AVCs, sendo que o estresse no meio em que vivemos e a tensão é intensa, no fim das contas é muita cobrança e muito trabalho por pouco dinheiro”, conclui.

De acordo com a carta dos direitos dos usuários da saúde há “seis princípios básicos de cidadania que asseguram ao brasileiro o ingresso digno nos sistemas de saúde, seja ele público ou privado”. Dente os direitos destacam-se:acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde, tratamento adequado e efetivo para seu problema, atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação, atendimento com respeito à pessoa e seus valores. Vale destacar que a mesma carta rege também que o cidadão tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada e os gestores da saúde devem se comprometer para que todos os princípios da carta sejam cumpridos. Envolvido com os interesses da categoria, O SEET, tem buscado atender também aos anseios da sociedade, de acordo com Claudean Pereira Lima, presidente do SEET, “nossa preocupação vai além de fazer valer os direitos da categoria da enfermagem, pois o paciente é nosso maior ativo para quem trabalha na área da saúde, se temos nossos direitos trabalhistas garantidos, a qualidade do nosso atendimento também é impactado”.